Bendita a primavera da vida.
Breve.
Cujo sopro tudo atravessa.
A forma desaparece.
Enquanto o ser para vida desperta,
Gerações se sucedem.
No esforço de evoluir produz espécie.
Em tempos que não tem fim,
Mundos inteiros se erguem e declinam.
Mergulha nos encantos da vida, ó flor.
Na ouvela da primavera,
Louvando a bondade eterna.
Aproveita tua existência.
Acrescenta à ela, criativa,
Também o teu óvulo.
Breve e hesitante.
Sopra, o quanto agüentares,
A tua parcela de vida
Ao dia eterno.
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